Peritoró - professores cobram abono de R$ 3.900,00

O professor, Clemilson Alves Viana, um dos 341 professores efetivos do município, fez as contas. A base utilizada foram dados divulgados pelo governo federal na internet sobre repasses do Fundeb à Peritoró, assim expostos: R$ 9.397.209,42 entre janeiro e novembro deste ano foi tudo que chegou ao município. 60% desse valor é igual à R$ 5.638.325,65 que deveriam ser aplicados, integralmente, no pagamento dos educadores.

A partir daí o professor concluiu que a média mensal de recursos, durante o ano, foi de R$ 512.575,05 e que a folha de pagamento é de R$ 391.650,00, sobrando todo mês, em média, R$ 120.925,05.

MATEMÁTICA REAL
Multiplicando os 120 mil por 11 (número de meses até novembro) e dividindo por 341 efetivos, Clemilson Viana encontrou um abono de fim de ano que chega exatamente à R$ 3.900,81 para cada um, lógico que quem possui duas matrículas receberá mais.

“nós temos acesso o site do Banco do Brasil está disponível à todas as pessoas do município, então baseado no que entrou, calculando, tirando os 60% a estimativa da sobra por professor é R$ 3.900,00”, justificou

O resultado foi apresentado numa audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira, 18, no prédio da Câmara Municipal.

“a finalidade dessa audiência desta audiência pública realizada pelos professores desse município é pressionarmos o governo pra nos fornecer informações convincentes em relação ao repasse do Fundeb do período de janeiro à novembro deste ano”, disse Clemilson Viana
Discursos inflamados firmaram o entendimento dos educadores de que jamais abrirão mão do que lhes é de direito.

“eu vou lutar pelos meus direitos, aqui, no Maranhão se não tiver lei pra nos ajudar nós vamos pra Brasília, diante do Planalto fazer protesto lá, mas o nosso dinheiro, o meu dinheiro eu não posso emprestar pra ele, nem posso dar”, garantiu a professora Janice Pacífico.

SECRETARIA DISCORDA
A secretaria de educação do município discorda dos cálculos. O secretário-adjunto, Ezequias da Silva e Silva, falou de avanços que o município experimentou este ano após a implantação do Plano de Carreira, Cargos e Salários. Segundo ele, o menor salário hoje é R$ 665,00, o professor com nível superior chega R$ 1.115,00.

Porém neste meio existem 48 realidades salariais que não foram levadas em conta pelos professores na hora de calcular o abono exigido.

“os companheiros estão fazendo cálculos desconhecendo uma realidade salarial que varia, nós temos 48 realidades salariais em Peritoró, nós temos três concursos cada concurso desse: concurso Geraldo do Céu – nós temos nível 1, 2 e 3; concurso Agamenon primeira chamada nível 1, 2 e 3, segunda chamada nos mesmos níveis e concurso Josias chegando à um somatório de 48 realidades salariais, e os cálculos dos companheiros não estão pautados nesse conhecimento”, afirmou o secretário-adjunto.

Ezequias Silva disse que os cálculos do governo municipal ainda estão sendo feitos e seja qual for o valor o abono será pago.