A juíza de Estreito, Daina Leão, acaba de afastar de suas funções por 180 dias todos os nove vereadores e a contadora da Câmara de Estreito. Os políticos são acusados de ratear R$ 198 mil repassados pela prefeitura para manutenção da Casa, de acordo com denúncia apresentada há 10 dias pelo promotor Luis Samarone Batalha Coelho.
Foram afastados os vereadores Edevandrio Gomes Pereira (então presidente da Câmara), Reginalva Alves Pereira (à época tesoureira e atual presidente da Câmara), Elton Pasa, José Rômulo Rodrigues dos Santos, Inocêncio Costa Filho, Eriberto Carneiro Santos, Manoel Barbosa de Sousa, Bento Cunha de Araújo e Benedito Sousa Salazar e contra a contadora da Câmara de Vereadores, Ivonete da Silva Prado Macedo.
Devem assumir os suplentes das coligações da eleição municipal de 2008 identificados como De Paula, Sabrina Passos, Zé Wilson Vilar, Aluísio, Neto da Sopel, Elismar, Tavanes, Hélio Bodoiote e Socorro.
Segundo o Ministério Público, o rateio dos R$ 180 mil resultou em R$ 22 mil para cada vereador, que seria pago em parcelas mensais de R$ 2.200,00. Os políticos, no entanto, acharam o valor mensal pequeno e preferiram receber a quantia integral em cheques que deveriam ser compensados em meses específicos, de acordo com sorteio realizado. Dessa forma, cada vereador sacaria o valor em um dos meses do ano.
Durante o inquérito civil, o promotor apurou que dos recursos enviados para gastos de manutenção da Câmara Municipal, no período de janeiro a setembro de 2009, houve uma sobra de R$ 198 mil. O valor mensal repassado pelo executivo gira em torno de R$ 100 mil. Uma reunião teria acontecido no dia 20 de janeiro daquele ano, conduzida pelo presidente e pela tesoureira da Câmara, na qual o assunto foi discutido.
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