Brasília – A rainha Silvia Renate, da Suécia, esteve na manhã desta quinta-feira com o senador José Sarney, no gabinete da Presidência do Senado. Amigos de muitos anos – o último encontro foi em março de 2010, também no Congresso -, eles ratificaram as crescentes relações comerciais entre o Brasil e a Suécia. Os senadores Wellington Dias (PT/PI), Eduardo Suplicy (PT/SP), Collor de Mello (PTB/AL), Gleisi Hoffmann (PT/PR) e Marta Suplicy (PT/SP) também participaram do encontro.
Durante a conversa, a política de utilização do álcool como única fonte de combustível dos ônibus coletivos na Suécia foi citada por Sarney: “A Suécia é o maior importador do nosso álcool. Atuamos também em conjunto na África na produção do álcool”.
Desde quando foi coroada rainha da Suécia, Silvia, filha de mãe brasileira e pai alemão, dedica-se a patrocinar projetos que têm como objetivo apoiar a infância carente em vários países. Em 2002, em visita ao Brasil, a rainha pôde presenciar em São Paulo a apresentação da banda da Escola de Música do Convento das Mercês, de São Luis (MA), que mantém 800 alunos. Formada por adolescentes e crianças pobres, a banda, patrocinada pela Fundação José Sarney, emocionou a rainha. Os seus 125 músicos foram, três anos depois, em 2005, premiados com o primeiro lugar no Festival Nacional de Bandas Juvenis de Campos (RJ).
Xuxa
O presidente do Senado também recebeu a apresentadora Xuxa Meneghel. Ela veio pedir celeridade na aprovação do projeto sobre direito de crianças e adolescentes serem cuidados sem o uso de qualquer forma de violência e humilhação. “Alguns pais chegam a dizer que sofrem com a aplicação dos castigos, mas declaram que castigam pelo bem das crianças”, exemplificou para justificar a necessidade de aprovação do projeto – PL 7672/10, do Poder Executivo -, já em tramitação, que proíbe métodos de educação violenta. Xuxa disse ficar “chocada” com declarações dos pais quando indaga se batem nos filhos.
Sarney, que prometeu empenho em favor da causa, também defendeu a necessidade de criar nas famílias e nas escolas a consciência de que o castigo corporal não é maneira de tratar as pessoas. Xuxa mostrou-se esperançosa com a possibilidade de mudanças na mentalidade das famílias brasileiras.
A Secretária de Direitos Humanos, Maria do Rosário, a ministra do Superior Tribunal de justiça (STJ), Nancy Andrighi, Martha Santos Paz, da UNICEF e Martha Suplicy, vice-presidente do Senado, acompanharam Xuxa na audiência com o presidente. Paz relatou que, nos últimos cinco anos, 28 países já aprovaram leis contra aplicação de castigos corporais em crianças e adolescentes. “A criança é um cidadão cujos direitos devem ser defendidos pelo Estado”, enfatizou. Andrighi defendeu a inclusão de psicólogos e pedagogos nas Varas da Infância e da Adolescência, para que famílias com problemas possam ser acompanhadas e reeducadas. “Os problemas tem que ser resolvidas com o diálogo entre as partes acompanhadas por especialistas”, reforçou.
Para reforçar importância da lei na mudança do comportamento – ainda aceito – de violência e covardia contra crianças, a apresentadora lembrou que é comum, por exemplo, histórias de bêbados que em casa batem nos filhos e na mulher. “Por que não batem no policial na rua?”, cobrou.
Simpática e sorridente, Xuxa movimentou o Senado, festejada por funcionários e populares por onde passou com o presidente Sarney, que a encontrou na chegada porque, seguindo protocolo, havia acompanhado a rainha Silvia, da Suécia até a saída do prédio. Ao final da audiência, descontraída, a “rainha dos baixinhos” desculpou-se com o presidente pelo cumprimento de beijinhos na chegada. “Treinei para não fazer isso e acabei fazendo”, disse para ouvir do presidente: “Pois então, agora, dê o terceiro”. Ela atendeu o pedido.
(As informações são da Agência Senado).
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