AGORA É NOSSA VEZ !

MACEDO

quarta-feira, 13 de abril de 2011

“ A microviolência do cotidiano”.

Comumente, nós reclamamos dos serviços públicos oferecidos pelo Município e  Estado, em geral, dos servidores que fazem corpo mole na hora de trabalhar, mas a culpa, às vezes, vem de práticas hostis que estes servidores sofrem nas mãos de chefes despreparados e que tem como único mérito, saber puxar o saco da pessoa certa e parasitar o Município ou  Estado.

No estado do maranhão alguns municípios trouxeram, como herança secretários minicípais e estaduais que, em sua maioria, eram responsáveis por suas pastas há vários anos ou vinheram dos laços das campanhas,  desde o início da primeira gestão ou não. No entanto, embora o discurso seja de que estes já estão alinhados com a política de governo, o bom seria que não esquecessem que estão em estágio probatório.

O alerta serve para todas as pastas municípais e estaduais. O que se vê no serviço público é a falta de atenção a uma situação bastante comum: o assédio moral. Com frequência ouço reclamações de servidores, comissionados e efetivos, que sofrem perseguição, calúnias, fofocas e humilhações em seu ambiente profissional. Ao invés de serem exonerados de seus cargos, passam a ser vítimas de uma das situações mais antigas quanto o próprio trabalho.

Talvez os servidores públicos não saibam – e se sabem fazem ouvido de mercador – existe um site especializado sobre o tema, inclusive citado pela Revista de Direitos Humanos (DHNET) como um dos melhores sites em direitos humanos existente em língua portuguesa, disponível no endereço http://www.assediomoral.org./ O site traz várias matérias sobre o tema, além de cartilhas e manuais de orientação.

De acordo com o site, assédio moral “é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego”. Você reconhece este cenário de algum lugar? O que dizer de frases como “Será mesmo que você está doente? Não sei porque você está aqui já que seu trabalho é quase zero. Eu sou o chefe; eu mando e você obedece.” Estes são alguns exemplos bem leves do que acontece por aí.

O assédio moral é chamado também de “microviolência do cotidiano”. Com medo de perder seu ganha-pão, muitos se calam. Outros, acham que é apenas o “gênio ruim” do chefe ou de um superior que o leva a agir daquele jeito. Já chega, não acha? Trabalhador não tem que passar por este tipo de situação. E se você achar que está sendo vítima deste tipo de abordagem criminosa, procure seus direitos, constitua um advogado, não se permita passar por isso.

Fica o alerta para os secretários de município e estado: em seus nomes, há ocupantes de cargos de chefia e gerência que humilham, maltratam, ofendem, perseguem outros trabalhadores sempre com justificativas que incluem alguns jargões, como “o secretário quer isso, quer aquilo, o secretário mandou”. Seria bom – e prudente – que os secretários de municípios e estado estreitassem os laços com seus subordinados e não deixassem na mão de alguns poucos a responsabilidade de ações que podem comprometer suas carreiras. Olho nos assessores, olho na lei. Depois não adianta dizer que não sabia de nada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Facebook